O que eu escrevi | Meu anjo da guarda


Provavelmente não sabes que existes. Nem eu pretendo que o saibas. Afinal, o segredo de qualquer felicidade é isso mesmo, segredo. Se contasse a alguém eu sei que tudo teria mais umas horas, contadas ao minuto. Talvez se te chegasse aos ouvidos terminaria antes de começar. Talvez. Tudo é um reflexo do meu medo. Mas sinto-me fraca para vencer esse medo. Não tenho força, não tenho coragem. Tenho medo de arriscar e perder a tua presença na minha vida. Mesmo que essa presença seja só uma indiferença à minha existência. Eu sei. Tu és um amigo muito especial. Mas, e eu? O que sou para ti? Não sei. Acho que prefiro viver na ignorância do que ter uma expectativa do que posso não ser. Eu sei que doeria imenso. Seria como a cicatriz de um acidente que me marcaria para sempre. Que me fizesse recordar de cada vez que os meus olhos se cruzassem com ela, ainda que por acaso. Essa cicatriz teria nome e sobrenome, número de porta e nome de rua. Eu sei que sangraria em cada recordação. Chama-me covarde se quiseres. Sou mesmo. Mas prefiro continuar a amar-te em silêncio. Porque enquanto habitas os meus sonhos, sou feliz!

Daniela Silva
05 de Julho de 2016 

Daniela Silva

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