2015 foi um ano cheio de coisas boas e menos boas. Nesse ano, quem me seguia no blog anterior sabe, tive a viver um mês e meio sozinha na Ponte da Barca, o que seria por três meses, mas pelo bem da minha sanidade mental, durou metade do tempo.

Para quem não conhece, o que é um grande pecado, Ponte da Barca é uma vilaa em Viana do Castelo. A outra margem do rio Lima que divide com os Arcos de Valdevez. Mais próxima de Braga, mas que pertence mesmo a Viana.

E é um pecado não conhecerem esta terra porque pode ser pequena, mas é tão bonita, tão verde, tão cheia de ar puro e natureza. É bem diferente da cidade, a que estou mais do que habituada.

Claro que se perguntam porque não consegui ficar os três meses. Porque eu estive no hospital que fica mesmo na praça. E esse hospital é habitado por idosos, nada contra, mas idosos acamados que nem sequer falar. Eu não podia vir à praça a não ser acompanhada pelo animador, que devido ao trabalho, nem sempre podia. Televisão só havia uma na sala mas que só dava a rtp1, e entendo porque os idosos nem sequer viam e muito menos, internet.

O facto de ter vindo embora foi porque eu estava ali, praticamente fechada a olhar pras paredes, o que foi o começo da depressão. Gostei muito da diretora, dos enfermeiros, auxiliares, terapeutas, animador, psicóloga e assistente social. E entendo que por muito que me entendessem e me quisessem ajudar, também tinham o trabalho deles.

Mas teve coisas muito, muito boas, das quais não esqueço. Vi pela primeira vez ao vivo a volta a Portugal em bicicleta. Vi também as danças do mundo ao vivo, fui à festa da vila, S
 Bartolomeu. Tive alguns passeios pela vila com os funcionários. E quando os meus Pais e irmão me foram visitar, fomos almoçar a uma pizzaria e digo já que lá come-se muito bem e depois, fomos dar um passeio pelo rio, que é somente espetacular, uma paz maravilhosa. Talvez um dia possa voltar para visitar.